Política de utilização de Cookies em Revista Saúda Este website utiliza cookies que asseguram funcionalidades para uma melhor navegação.
Ao continuar a navegar, está a concordar com a utilização de cookies e com os novos termos e condições de privacidade.
Aceitar
6 fevereiro 2025
Texto de Centro de Informação do Medicamento e Intervenções em Saúde (CEDIME) Texto de Centro de Informação do Medicamento e Intervenções em Saúde (CEDIME)

As gripes não são todas iguais

​Este inverno, os casos de gripe B têm sido superiores ao de gripe A.

A chegada dos meses mais frios coincide com o aparecimento de doenças como a gripe. Os sintomas, a prevenção e o tratamento voltam a ser alvo de atenção. Mas sabe que nem todas as gripes são iguais? As gripes A e B são as principais responsáveis pelas epidemias sazonais.

Ambas são causadas por vírus da família influenza e partilham sintomas: febre, tosse, dores musculares, cansaço e, em alguns casos, complicações respiratórias. Conheça as diferenças para as saber distinguir.

A gripe A é mais agressiva e afeta um maior número de pessoas. Os vírus influenza A são conhecidos pela capacidade de mutação, o que leva ao surgimento de novas estirpes, como aconteceu com o vírus H1N1, em 2009. Estas alterações permitem ao vírus escapar ao sistema imunitário das pessoas com menos defesas e podem evoluir para epidemias ou pandemias. Outra diferença importante é o facto de a gripe A poder afetar porcos e aves. Por isso, as autoridades de saúde mundiais monitorizam as infeções nestes animais, pelo risco real de transmissão às pessoas.

A gripe B tende a ser mais estável e regista menos mutações ao longo do tempo. Embora menos comum e, em geral, menos severa, pode provocar surtos consideráveis sobretudo em grupos vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas que vivem com doença crónica. De acordo com os dados da Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico do Vírus da Gripe, e Outros Vírus Respiratórios, registou-se um pico de casos no início de 2025 e, ao contrário do habitual, a incidência foi maior na gripe B do que na gripe A.

Testes rápidos. Atualmente existem testes rápidos que permitem identificar o tipo de gripe (A ou B), orientando, se e quando necessário, os cuidados a adotar em relação à vigilância de sinais de alerta em determinados grupos de ris- co. Pode realizar um teste de forma simples na sua farmácia. Em caso de gripe A, como se tra- ta de uma doença de notificação obrigatória, tal como a COVID-19, se o teste for positivo deve contactar o SNS 24 ou pedir ao farmacêutico que o ajude nesse contacto.
Saber se está perante gripe A ou B pode fazer toda a diferença, uma vez que permite:
  • Monitorizar surtos. As autoridades de saúde podem identificar padrões de contágio e ajustar as medidas de prevenção;
  • Proteger grupos vulneráveis. Pessoas em maior risco recebem aconselhamento direcionado.

Independentemente do tipo de gripe, a prevenção é sempre a melhor abordagem. Seguem-se algumas dicas:
  • Vacine-se todos os anos, especialmente se pertencer a um grupo de risco;
  • Lave frequentemente as mãos com água e sabão;
  • Evite contacto próximo com pessoas doentes, e ambientes fechados, com concentração de pessoas em alturas de pico de infeções;
  • Mantenha hábitos de vida saudável. Faça uma alimentação equilibrada, pratique atividade física regular e assegure-se de que dorme o suficiente, contribuindo para reforçar o sistema imunitário.

Embora partilhem muitos sintomas, a gripe A e a gripe B têm algumas diferenças em ter​mos de impacto, frequência e grupos afetados. A possibilidade de as distinguir através de testes rápidos é uma ferramenta valiosa para personalizar cuidados e proteger a Saúde Pública. Este inverno, lembre-se: conhecer a gripe é o primeiro passo para a prevenir. Afinal, as gripes não são todas iguais.