Uma infecção do pulmão pode ser provocada por bactérias, vírus e fungos. As bactérias são as mais frequentes, com destaque particular para o “pneumococo”.
As pneumonias afectam, sobretudo, pessoas com a imunidade deprimida, crianças e idosos.
Os últimos dados apontam para mais de 100 mil casos anuais, associados a um elevado número de internamentos hospitalares – mais de 40.000 – e casos fatais.
Segundo o Eurostat, em Portugal a pneumonia é responsável por sete vezes mais mortes do que as provocadas por acidentes rodoviários: morrem todos os dias 16 pessoas internadas por pneumonia.
Há sinais a ter em conta: febre, tosse produtiva e dor torácica. A febre costuma ter um início abrupto e pode ser elevada – 39º-40°C; a tosse pode ser acompanhada de expectoração, quase sempre amarelada, verde ou com sangue; a dor torácica aumenta com a inspiração e com a tosse – dor tipo pontada.
Estes sintomas devem levar o doente a procurar apoio médico. Apesar de serem detectados por auscultação pulmonar, a radiografia do tórax determina a localização e a extensão da doença e se existem eventuais complicações, como por exemplo da pleura – pleurisia.
No tratamento há duas decisões a tomar: a escolha do antibiótico e o local onde o doente vai ser tratado. Relativamente à primeira, a associação de antibióticos é a regra. Quanto ao local de tratamento, depende da extensão e da gravidade: as pneumonias menos graves são tratadas em ambulatório; as mais graves impõem o internamento hospitalar.
Melhor do que tratar uma pneumonia é preveni-la e hoje temos vacinas que permitem evitar muitas pneumonias causadas pelos pneumococos – as vacinas antipneumocócicas.
Os candidatos à vacinação são os chamados grupos de risco: crianças (a vacina faz parte do Plano Nacional de Vacinação), pessoas idosas – sobretudo as institucionalizadas – as pessoas com doença crónica ou debilitante, diabéticos, fumadores, pessoas sem baço e todos os que têm a imunidade afectada.
Sendo a pneumonia uma doença perigosa, até mortal, sobretudo nos mais idosos, devemos recorrer a todas as armas para a evitar. E uma dessas armas é a vacina. Se pertence a um dos grupos de risco e ainda não está vacinado, fale com o seu médico.