O seu maior amigo, Eduardo Azevedo Soares, morreu com cancro do pulmão muitos anos depois de deixar de fumar. No dia seguinte, Luís Marques Mendes, fumador, decidiu que estava na hora de parar. A dor da perda do homem que o acompanhou no PSD e foi seu secretário-geral, quando Marques Mendes foi presidente do partido, era enorme e funcionou como pretexto para largar o vício.
Já lá vão sete anos sem voltar a pegar num cigarro. «Muito de vez em quando, em situações especiais, fumo um charuto». Preocupado com a saúde, o comentador político intensificou a actividade física com idas mais frequentes ao ginásio e fechou a boca, o que lhe permitiu não engordar e manter-se mais saudável. Nunca foi homem de doces, mas não lhes resiste em ocasiões especiais.
«A todos os meus amigos que me dizem que não conseguem deixar de fumar, respondo sempre o mesmo: “Se eu consegui, toda a gente consegue”». É que o ex-ministro gostava mesmo de fumar e, sem qualquer ajuda clínica, parou de um dia para o outro.
