Política de utilização de Cookies em Revista Saúda Este website utiliza cookies que asseguram funcionalidades para uma melhor navegação.
Ao continuar a navegar, está a concordar com a utilização de cookies e com os novos termos e condições de privacidade.
Aceitar
14 maio 2021
Texto de Paulo Cleto Duarte Texto de Paulo Cleto Duarte

Entre Nós: No futuro

​​Retrato da Farmácia de 2030.​

Tags
A Farmácia do futuro vai resolver todos os problemas de saúde a cada cidadão.

Os cidadãos vão manter-se em contacto permanente com a sua farmácia preferida por vontade própria.

No futuro, os cidadãos terão liberdade de escolha e serão, de facto, o centro e a razão de existir do sistema.

Como hoje, irão às farmácias porque elas são o serviço de saúde mais próximo e de acesso mais fácil.

Como sucede agora, irão às farmácias porque confiam nos seus profissionais.

Os farmacêuticos serão profissionais de saúde ainda mais qualificados do que hoje, do ponto de vista técnico e científico.

Para responder a pandemias e novas doenças, vão sempre adquirir novas competências ao longo da vida, assim como para aplicarem dispositivos médicos inovadores e revolucionários.

Os sistemas de informação das farmácias estarão sempre actualizados para garantir a segurança de todos os tratamentos.

As farmácias vão acompanhar os doentes com VIH/sida, hepatites, doenças degenerativas do sistema nervoso central e neoplasias.

Algumas dessas doenças deixarão de ser fatais para serem crónicas, outras passarão a ter cura.

As farmácias vão vencê-las em colaboração estreita com os médicos e enfermeiros de família, seus parceiros diários.

E também vão relacionar-se com os especialistas colocados em hospitais de referência, nas grandes cidades de Portugal e, nalguns casos, do mundo.

Cada cidadão terá um Plano Individual de Cuidados ao qual dará acesso aos profissionais de saúde da sua confiança.

​As pessoas terão as suas farmácias preferidas sempre disponíveis no telemóvel, no relógio de pulso e nos ecrãs virtuais da habitação, onde fazem compras, vêem as notícias e visitam lugares distantes.

As farmácias vão dispensar medicamentos na dose exacta para cada pessoa, manipulados em laboratório e saídos de sofisticadas máquinas de impressão a três dimensões.

Muitas vezes, um só comprimido vai tratar várias doenças.

Os farmacêuticos comunitários irão a casa das pessoas sempre que necessário.

Os cuidados primários, em que as farmácias estarão integradas, serão encarados pelo Estado e as seguradoras como o melhor parceiro para prevenir a doença e a despesa evitável.

As farmácias serão consideradas estratégicas para aumentar a eficiência dos avultados investimentos em medicamentos.

A adesão à terapêutica será a competência mais valorizada nos farmacêuticos comunitários.

Os efeitos reais de cada medicamento, acto médico e farmacêutico serão medidos dia-a-dia, com vista à sua permanente adequação a cada pessoa.

As companhias farmacêuticas e os investigadores em saúde vão considerar preciosa a informação clínica produzida pelas bases de dados das farmácias.

Os decisores das políticas de Saúde Pública usarão esse conhecimento como guião na gestão de pandemias e novas doenças.

Cada farmácia será única, para responder com eficácia às necessidades de quem vive nas megacidades e de quem preferiu dedicar-se a pequenos projectos de agricultura biológica ou turismo ambiental.

As farmácias vão ser todas iguais, na competência técnica, diferenciação tecnológica e facilidade de acesso ao sistema de saúde.

As farmácias continuarão a garantir medicamentos aos cidadãos mais desfavorecidos e a ser um exemplo de responsabilidade social.

As farmácias serão uma rede unida, onde muitos jovens vão querer trabalhar.
Notícias relacionadas