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1 fevereiro 2024
Texto de Luís Filipe da Mota Coelho (psicólogo, Clínica MIM) Texto de Luís Filipe da Mota Coelho (psicólogo, Clínica MIM)

Em busca de harmonia

​​​​​​Manter a relação amorosa, o equilíbrio entre o casal, trabalho, parentalidade e individualidade, é possível.​

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Construir uma base sólida é um alicerce crucial para qualquer relação duradoura. A comunicação, empatia e compreensão mútua fortalecem os laços emocionais e proporcionam resistência diante dos desafios externos. Os casais que discutem têm melhor prognóstico do que os que tendem a silenciar o desalento. Em situação de conflito, as discussões devem ser trocas de opinião, sem julgamento, e devem ser negociadas com tolerância, crítica construtiva, equilíbrio e justiça. Deve evitar-se os jogos de poder, bem como tomadas de posição verbal do tipo sempre e nunca. Conhecidos como os quatro cavaleiros do apocalipse, devemos evitar a crítica, o desprezo, a defensiva e o desligar.

É preciso entender que numa discussão o sistema emocional (límbico) é ativado, havendo uma diminuição da atividade racional (córtex pré-frontal). Daí ser importante estabelecer regras e definir limites, por exemplo, emitir um sinal quando precisamos de nos acalmar. Olhar nos olhos, ter empatia, não interromper, referir o comportamento do outro e não a identidade: «naquele dia não foste verdadeiro», em vez de «és um mentiroso».
 
Equilibrar ambições profissionais e vida pessoal 
Estabelecer limites claros entre o trabalho e a vida doméstica, “desligar a cabeça” após o expediente e apoiar ativamente as metas profissionais do parceiro são estratégias fundamentais. Este equilíbrio, para além de proteger a relação, alimenta a prosperidade individual e mútua.

Juntos na jornada da parentalidade
A chegada de filhos é um divisor de águas na vida de um casal. Comunicar efetivamente sobre a parentalidade, distribuir responsabilidades de maneira justa e reservar tempo para momentos familiares são práticas essenciais. A colaboração na educação dos filhos fortalece a relação parental, mantendo também, a chama da parceria conjugal.

Respeitar a individualidade
Preservar a identidade individual é uma arte muitas vezes negligenciada. Incentivar interesses pessoais, garantir tempo para atividades individuais e respeitar as diferenças são elementos cruciais. O crescimento pessoal enriquece a vida de cada parceiro e contribui para uma parceria mais complexa e equilibrada. Com efeito, cada indivíduo traz consigo uma bagagem única de experiências, perspetivas e personalidade. Cultivar a compreensão e aceitação das diferenças é essencial para uma convivência saudável. Dialogar sobre expetativas, sonhos e temores promove uma conexão mais profunda e duradoura.

O papel da intimidade
Manter a chama acesa requer dedicação mútua. Priorizar momentos íntimos, surpreender o parceiro e nutrir a conexão física e emocional é fundamental para manter a paixão viva.

Resiliência diante dos desafios
Todas as relações enfrentam desafios inesperados, como crises financeiras, problemas de saúde ou perdas. Desenvolver resiliência, apoio mútuo e procurar soluções conjuntas são maneiras de fortalecer a relação diante das adversidades, criando um alicerce robusto para o futuro. Encarar desafios como oportunidades de aprendizagem, estabelecer metas comuns e incentivar o desenvolvimento pessoal contribuem para uma jornada enriquecedora de vida compartilhada.

Manter o equilíbrio nas relações amorosas é uma jornada intrincada, permeada por desafios e celebrações. Investir na base emocional, negociar e estabelecer compromissos, enfrentar os desafios a parentalidade e respeitar a individualidade são pilares essenciais para criar uma harmonia duradoura. A arte do equilíbrio é, efetivamente, a bússola que guia o casal na construção de uma relação profunda, significativa e duradoura.
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