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2 fevereiro 2023
Texto de Irina Fernandes Texto de Irina Fernandes Fotografia de Miguel Ribeiro Fernandes Fotografia de Miguel Ribeiro Fernandes Vídeo de André Oleirinha Vídeo de André Oleirinha

Viola campaniça é instrumento de eleição em Castro Verde

​​​​​​​​O instrumento ganhou destaque em bailes e romarias, como a Feira de Castro.​

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​Da família das violas de arame, a viola campaniça é um dos símbolos culturais do concelho de Castro Verde e Baixo Alentejo. O trinar da viola campaniça faz-se de sonoridade ímpar e na vila alentejana, há homens e rapazes novos a construí-la e a perder-se pelo seu tocar.

Até ao final da década de 50, teve destaque em tabernas, bailes e romarias como a Feira de Castro. Hoje é presença assídua em diversos momentos culturais da vida de Castro Verde.

Na vila, do distrito de Beja, José Abreu, 66 anjos, natural de Cuba, veio para a terra dar aulas, e por aqui ficou até aos dias de hoje sendo um dos principais promotores da construção e do toque do peculiar instrumento. «É um instrumento em que não chegamos à loja e conseguimos comprar uma viola campaniça. A necessidade de, sendo um instrumento tão nosso e tão desconhecido que estava na altura – pois, há uns anos, pensávamos que a nossa fonte cultural seria o cante à capela, e a viola era um perfeito desconhecido no cante alentejano – tivemos a necessidade de preservar isso e por isso tivemos de as fazer», explica o tocador.

A construção e o toque da Viola Campaniça ensinam-se no Centro de Artes e da Viola Campaniça de Castro Verde, localizado na vila alentejana. Diariamente, em aulas e workshops partilham-se e renovam-se conhecimentos a diferentes gerações. «O projeto de Centro de Artes e Viola Campaniça de Castro Verde pretende criar um espaço em que a viola campaniça é o centro, o eixo central da nossa intervenção quer por via da aprendizagem da construção da viola, passar essa aprendizagem e conhecimento de geração em geração e levá-lo a outras paragens. Este é um espaço livre e aberto a todos, e depois a parte do toque, aprendizagem do toque desde gerações mais novas até aos mais velhos para que possam ter neste espaço preferencial para aprender», descreve o vereador David Marques, da Câmara Municipal de Aljustrel.

 


A viola campaniça é embaixadora da identidade do concelho de Castro Verde. Exemplo disso é o destaque que detém na rede cultural internacional do Festival Sete Sóis Sete Luas, que, este ano, irá para a sua 31ª edição.
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