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31 outubro 2019

«Vacinem-se sem medo»

​​​​​​​​​​​​O médico Almeida Nunes​ e o farmacêutico Pedro Ferreira foram ao programa de Cristina Ferreira, na SIC, apelar à vacinação contra a gripe.

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Vamos recordar os pontos principais da conversa, com grande interesse para a Saúde Pública.

Chegou a altura de se pensar nas vacinas da gripe, não é?

Farmacêutico: É, é. O Inverno está a chegar. Este ano as farmácias assumem a responsabilidade de vacinar mais pessoas, acho que é um óptimo propósito.

Porquê esta necessidade da vacina da gripe?

Farmacêutico: A protecção que a vacina dá significa que estamos muito melhor preparados para enfrentar a gripe. Ou seja, podemos ter gripe, mas é muito mais ligeira. A gripe não é uma doença benigna, que passe com facilidade, sobretudo na população mais frágil. A cobertura vacinal da população é muito importante para evitar a propagação do vírus na população idosa e nos doentes crónicos, para quem as complicações da gripe, como a pneumonia, são um risco grave.


Cristina Ferreira lembrou as mortes por pneumonia causadas pela gripe

A pneumonia e a causa de muitas mortes das pessoas mais velhas. Os mais velhos perguntam-lhe se devem levar a vacina?

Médico: Na maioria das vezes, eu é que lhes pergunto se já se vacinaram! Infelizmente, há muitas pessoas ainda confusas sobre este assunto.

Há pessoas que se queixam de que depois de levarem a vacina e que ficam doentes.

Médico: É preciso esclarecer dois pontos. Uma pessoa pode ter a pouca sorte de estar em plena incubação – a “chocar” a gripe, como diz o povo –, levar a vacina e a seguir manifestar-se a doença. É uma coincidência rara. O que é mais habitual é, ao fazer a vacina, poder ter uma pequenina síndrome gripal: uma dor de cabeça, umas dores musculares, uma pontilha de febre…

Farmacêutico: Estamos a construir as defesas que a vacina nos deu. Isso é normal, não é?

Médico: Claro que sim. A vacina é segura e é altamente recomendável.

Quem deve fazer a vacina?

Médico: Quem não pode falhar são todas as pessoas com mais de 65 anos e pessoas de todas as idades com doenças crónicas. O Cláudio Ramos deve fazer a vacina por causa do problema que tem no coração.

Farmacêutico: Depois, precisamos de vacinar as pessoas que, no dia-a-dia, contactam com idosos e doentes crónicos. Porque podem contagiar as populações de risco. Por exemplo, as pessoas que trabalham nos centros de saúde, nos lares e centros de dia, ou têm familiares velhinhos a cargo.

Médico: Exactamente.

Farmacêutico: É necessário alargar a vacinação porque é um escudo de protecção para a população.

As crianças não podem fazer a vacina?

Médico: Podem. Então, não podem! Em muitos casos devem.

Farmacêutico: Uma criança asmática, por exemplo, tem indicação para fazer. Com mais de seis meses de idade podem fazer a vacina. As grávidas também têm indicação para fazer a vacina.

Médico: E deixe-me dizer uma coisa importante. As pessoas podem – eu quase que diria, devem – fazer a vacina na farmácia. Não tenham medo! Pedro, a maior parte das farmácias estão habilitadas a fazer a vacinação, não estão?

Farmacêutico: Dois terços das farmácias estão.​

Médico: Nos bastidores, o Pedro contou-me uma coisa muito importante, que eu próprio desconhecia. A farmácia está devidamente apetrechada. Mesmo no caso de acontecer uma alergia à vacina, o que é uma coisa muitíssimo rara, tem meios para combater isso de imediato. Depois, nos centros de saúde há tempo de espera, há listas de espera, há isso tudo.
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