Um ano depois de entrarmos em Estado de Emergência, Portugal está numa nova fase de combate à pandemia, focada na mitigação do seu impacto social, na saúde e na economia. Um novo contexto determina uma nova abordagem. Essa nova abordagem assenta em duas medidas de saúde pública estruturais: a massificação da testagem e a massificação da vacinação, associadas a um desconfinamento gradual.
Não sei (alguém tem a certeza do caminho certo?) se este caminho vai resultar. O que sei e tenho a certeza é que é melhor ter uma estratégia e executá-la do que não ter estratégia nenhuma e deixar que a agenda comande a nossa vida.
A rede de farmácias está a ser chamada para reforçar ainda mais a linha da frente. É um sinal de reconhecimento da competência do farmacêutico e de valorização enquanto rede de saúde pública e factor de coesão territorial
Todos somos poucos para vencer esta pandemia. Tenho a certeza de que a maior intervenção da rede de farmácias, em articulação com os outros prestadores de cuidados de saúde - do sector público, privado e social - , com o Governo, as entidades reguladoras, os municípios, todos centrados na defesa da saúde das pessoas, é um reforço imprescindível da linha da frente, em duas batalhas essenciais para vencer a guerra à pandemia COVID-19.
É importante não ficar parado. A incerteza e a indefinição corroem o tecido social e económico. E é sempre melhor mudar, encerrar um ciclo e começar um novo, do que ficar parado no presente, sem saber para onde ir. Toda esta situação, fez-me recordar um poema de Hans Magnus Enzensberger que a minha filha partilhou comigo, no dia em que faz 18 anos.