Veja-se o caso dos doentes crónicos mais desfavorecidos. Com os genéricos podem cumprir as suas terapêuticas e ter uma vida com mais qualidade, porque estes medicamentos, por definição, têm a mesma composição, eficácia e qualidade que os de marca originais, com a vantagem de serem sempre mais baratos.
Para além disso, as poupanças geradas com os genéricos permitem ao Estado canalizar investimento para novos medicamentos ou medicamentos inovadores. Entre 2011 e 2016, os genéricos permitiram alcançar uma poupança real superior a 2.550 milhões de euros.
«Peça genéricos, não torne a saúde mais cara para todos». Este é o mote da campanha de sensibilização desenvolvida pelo INFARMED, a autoridade nacional na área do medicamento, uma mensagem que, como diz o povo, “põe o dedo na ferida”.
É que, conforme diz a autoridade, «não são as marcas que garantem a eficácia dos medicamentos. Para a maioria das doenças existem medicamentos genéricos que têm a mesma composição, os mesmos efeitos e o mesmo controlo de qualidade e segurança que os medicamentos de marca».
Se temos todos a ganhar, qual deve ser o comportamento do doente o do utente de saúde?
Para mim, a opção por medicamentos mais baratos não é só um direito que nos assiste, é quase um dever, porque se adoptarmos este comportamento, responsável para connosco e para com os outros, poupamos e criamos condições para haver mais medicamentos inovadores.
Dever têm também as farmácias de nos informar da existência dos genéricos que têm preços mais baixos. Por essa razão, são obrigadas a ter sempre disponíveis para venda, no mínimo, três medicamentos dos cinco com os preços mais baixos em cada grupo, devendo dispensar o mais barato, salvo se for outra a opção do doente.
Lembre-se: estamos longe de alcançar o potencial de poupança que os medicamentos genéricos já hoje representam, o que se traduz em desperdício de recursos. Por isso, seja responsável. Por si e por todos.