A prática da corrida tem evoluído, com os participantes a superarem as próprias limitações e a criarem objectivos mais ambiciosos. Esta dinâmica aumenta o impacto fisiológico no organismo, exigindo mais e melhores nutrientes… e é aqui que surgem os principais erros alimentares.
Treinar em jejum ou com pouca energia. O desgaste energético de uma corrida de 60 minutos pode facilmente chegar às 600kcal. A refeição pré-treino deve fornecer bom aporte energético e disponibilidade nutricional completa: um pão de trigo com doce sem açúcar mais uma peça de fruta (à qual se podem acrescentar alguns frutos secos) é uma solução prática, simples e eficaz!
Fazer treinos longos sem ingestão intermédia. Após 45-50 minutos de esforço elevado, esgotamos as reservas de energia “imediata” e começamos a entrar no modo de “poupança energética”, o que limita o rendimento físico. Caso o treino ultrapasse os 70-80 minutos, deve ser ingerida uma barra ou um gel energético aos 45-50 minutos, para potenciar o desempenho.
Não fazer a refeição de recuperação. A reposição do glicogénio muscular (o “combustível” das células do músculo) ocorre até 45 minutos após o exercício. É muito importante aproveitar esta janela temporal para fazer a refeição de recuperação – um copo de leite magro com duas a três tostas, acompanhadas de uma fatia de queijo, por exemplo, garantem o aporte necessário de proteína e hidratos de carbono de absorção rápida.
Reduzir calorias para perder peso. O peso corporal tem um impacto grande na corrida, mas sem uma correcta ingestão energética os músculos não têm o mesmo desempenho. Até é possível que haja um desgaste muscular como fonte de energia, contrariando o objectivo do treino.