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4 abril 2024
Texto de Sandra Costa Texto de Sandra Costa Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro

Laboratório do Envelhecimento, um projeto pioneiro

​​Em Ílhavo, os mais idosos contam com um projeto em três vertentes: investigação, conhecimento e criação.

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O projeto é recente e único em Portugal. Foi criado em 2022 e é dinamizado pelo município de Ílhavo. O nome é sugestivo: Laboratório do Envelhecimento, a deixar claro que a vertente da investigação é «a espinha dorsal», garante a vereadora Mariana Ramos. 

Para além dos projetos de investigação desenvolvidos em parceria com universidades e empresas, são implementados programas de troca de conhecimento e experiências na área das literacias e, ainda, projetos de criação artística, envolvendo artistas e pessoas mais velhas.

 A proprietária da Farmácia Senos não tem dúvidas:​ «Os nossos utentes que frequentam as atividades andam felizes».​​

O foco é sempre o mesmo: promover a autonomia das pessoas idosas, através de soluções de envelhecimento ativo, no próprio meio, evitando sempre que possível a institucionalização. A par, há uma vertente de apoio aos cuidadores informais.

Pelo espaço onde decorrem as atividades passam semanalmente cerca de 100 idosos, que escolhem a seu gosto as oficinas que desejam frequentar. Desde aprender línguas a literacia digital, atividades físicas e de estimulação cognitiva, mas também oficinas onde uns ensinam e outros aprendem costura criativa, a tocar Ukelele ou fazer grafitti. A programação é criada a cada três meses, para dar espaço às sinergias entre as três áreas. Outras atividades saem porta fora e envolvem a população, como o Festival dos Cabelos Brancos. 

​​Pelo espaço onde decorrem as atividades passam semanalmente cerca de 100 idosos, que escolhem a seu gosto as oficinas que desejam frequentar

Existem também programas inovadores, como na área do apoio ao luto, que conjuga sessões de partilha em grupo fechado com ateliês abertos à comunidade. 

Graças ao laboratório, as pessoas são chamadas a contar as suas memórias, por exemplo para projetos audiovisuais, e começam a perceber que «as suas histórias têm valor», diz a farmacêutica Ana Senos, que tem notado maior abertura das pessoas idosas em partilhar «as vidas sempre muito duras, quer para quem ia para a pesca do bacalhau, quer para quem ficava e tinha de gerir o dia a dia, sem dinheiro». 

A proprietária da Farmácia Senos não tem dúvidas. «Os nossos utentes que frequentam as atividades andam felizes. O Laboratório do Envelhecimento poupa muitos antidepressivos ao Serviço Nacional de Saúde», brinca. ​
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