O Outono é um período do ano muito importante para os doentes respiratórios. Aproxima-se o tempo frio e com ele todo o cortejo de infecções que tanto estrago fazem. É preciso, pois, estar atento.
A que infecções nos estamos a referir? São sobretudo as seguintes: a gripe, infecção provocada por um vírus Influenza, que pode ser extremamente grave em determinados grupos de risco; as pneumonias, infecções do pulmão que se acompanham de elevada taxa de mortalidade, sobretudo nos idosos; as infecções respiratórias das vias aéreas superiores, sobretudo em crianças, quase sempre inicialmente originadas por vírus mas que se complicam, posteriormente, devido a infecção por bactérias; infecções brônquicas que, em determinados contextos, sobretudo em doentes com patologia prévia (Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica ou bronquiectasias, por exemplo), podem dar origem a graves descompensações respiratórias que obrigam, muitas vezes, a internamento hospitalar.
A prevenção das infecções respiratórias, para além da componente ambiental e comportamental, faz-se, sobretudo, por intermédio de três ferramentas: a vacina antigripal, a vacina antipneumocócica e os medicamentos que reforçam as defesas do organismo. A vacina da gripe está indicada para um vasto leque de pessoas, em que sobressaem os seguintes grupos de risco: idosos, pessoas com doenças crónicas, doentes com baixa da imunidade, pessoas institucionalizadas e profissionais de saúde. Em virtude das frequentes mutações que o vírus da gripe sofre, a vacina antigripal deve ser administrada anualmente, no Outono. Pelo contrário, a vacina contra a pneumonia (antipneumocócica), nos adultos, em princípio, só se administra uma vez, e tem a sua principal indicação nos idosos, nas pessoas com doenças crónicas e nos doentes com baixa da imunidade.
Por fim, os medicamentos que estimulam a imunidade têm a sua maior indicação nas crianças e nos adultos que sofrem de infecções de repetição, sobretudo nas vias respiratórias: nariz, adenóides, amígdalas, faringe, laringe, traqueia e brônquios. A sua administração faz-se por via oral, preferencialmente no Outono e de acordo com pautas estabelecidas pelo médico.
Devido à importância destas infecções é imperiosa a sua prevenção. Vá, fale com o seu médico e vacine-se.
Artigo publicado originalmente na Revista Saúda 01