«No nosso país todos temos acesso à educação. No caso da cultura ainda se pensa que é um privilégio», diz Teresa Tavares. O passar dos anos trouxe algum reconhecimento da cultura como «um direito essencial», mas a atriz ainda ouve dizer, demasiadas vezes, «isso são os assuntos do vosso meio». Está errado, defende: «A cultura é um bem essencial, em paralelo com a saúde e educação. É uma forma de educar genericamente a população, dá-nos consciência de grupo e pertença».
O papel do Estado é relevante, pois sem o subsídio estatal à cultura não seria possível ver espetáculos com bilhetes a 10 euros, lembra. «É importante um país que mantém os seus agentes culturais ativos e onde todos encontramos a nossa voz». A atriz, que em junho estará nas salas de cinema com o filme Revolta, de Tiago R. Santos, defende que a cultura tem um papel transformador. «Através da cultura espelhamos o país, mas também o influenciamos e transformamos. É importante ter essa consciência».