Política de utilização de Cookies em Revista Saúda Este website utiliza cookies que asseguram funcionalidades para uma melhor navegação.
Ao continuar a navegar, está a concordar com a utilização de cookies e com os novos termos e condições de privacidade.
Aceitar
4 dezembro 2019
Texto de Sandra Costa Texto de Sandra Costa Fotografia de Miguel Ribeiro Fernandes Fotografia de Miguel Ribeiro Fernandes Vídeo de Bernando Magalhães Vídeo de Bernando Magalhães

«Competimos pelo melhor aconselhamento e não pelo maior desconto»

E​studantes de Farmácia estão contra ​mercantilização da saúde.

Tags
«Não queremos que a saúde seja posta em saldos», defendeu o vice-presidente da Associação Portuguesa de Estudantes de Farmácia (APEF). «Os descontos nos medicamentos não ajudam nem a população, nem os profissionais de saúde, nem as farmácias», argumentou Lucas Chambel, falando à margem do encontro que teve com o presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), que subscreveu a tomada de posição sobre descontos e concorrência nas farmácias comunitárias, promovida pela APEF.

«Não podemos, e bem, promover o consumo dos Medicamentos Sujeitos a Receita Médica (MSRM). Mas, ao mesmo tempo, incentivamos o seu consumo através de uma publicidade desenfreada e sem quaisquer regras», criticou Paulo Cleto Duarte. O presidente da ANF saudou os estudantes de Farmácia por darem visibilidade ao tema e considerou que a prática de descontos em Portugal, «única a nível internacional», é «claramente, um problema de saúde».



Os estudantes de Farmácia pedem para continuar a aplicar na vida profissional o que aprenderam na universidade. «Queremos encontrar um futuro profissional onde sejamos julgados pela componente técnico-científica e pelo aconselhamento que damos aos cidadãos, não pela forma como praticamos os descontos», explicou o representante da APEF. Em breve, a associação vai lançar a campanha "Competimos pelo Melhor Aconselhamento", para sensibilizar os profissionais de saúde e a sociedade para o tema. 

A reivindicação mobilizou, além da ANF, outros parceiros da saúde: Ordem dos Farmacêuticos, Associação das Farmácias de Portugal, Associação Portuguesa de Jovens Farmacêuticos e Sindicato Nacional dos Farmacêuticos. Os signatários pedem a aprovação de legislação que limite ao máximo de 3% o desconto permitido sobre a parte não comparticipada de Medicamentos Sujeitos a Receita Médica (MSRM). Propõem, ainda, a discussão do tema pelos parceiros da saúde, a tutela e a Autoridade da Concorrência, bem como a inclusão nas agendas dos partidos políticos. 
Notícias relacionadas