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29 junho 2023
Texto de Sandra Costa Texto de Sandra Costa Fotografia de Ricardo Castelo Fotografia de Ricardo Castelo Vídeo de Nuno Santos Vídeo de Nuno Santos

Bem-vindo ao Ecomuseu de Barroso

​​​​​O museu rural é o ponto de partida para visitar este extenso território elevado a património agrícola mundial.
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​Foi no início do milénio que surgiu a ideia de criar um museu para preservar o património, tradições e cultura do Barroso, com um ecomuseu descentralizado em vários polos: Borralha, Boticas, Covas do Barroso, Fafião, Montalegre, Pitões, Salto e Tourém. «É uma porta de entrada. Muitos dos polos estão nas portas de entrada do nosso concelho e dentro do Parque Natural Peneda Gerês (PNPG)», diz o responsável, Nuno Otelo Rodrigues. 

No centro histórico de Montalegre, o polo Padre Fontes presta homenagem à vida e obra do «grande embaixador» do povo de Montalegre, que criou o Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes e a famosa Sexta 13, eventos que fazem reviver os serões tradicionais do Barroso, passados à lareira e preenchidos por contos e lendas, magia e superstição, trocadilhos e lengalengas. 


No polo Padre Fontes do Ecomuseu de Barroso, em Montalegre, funciona a “porta” do Parque Natural Peneda-Gerês do município​

Ao longo de várias salas encontramos referências à terra, água e à ancestral forma comunitária de praticar a agricultura e a pastorícia, preservando o meio ambiente e as paisagens, que esteve na origem da nomeação do Barroso como património agrícola mundial, em 2018, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura. «Visitamos as aldeias e ainda vemos as pessoas a tratar dos muros, dos lameiros, do regadio, como antigamente», explica o responsável do Ecomuseu.

«Quem come e não convida traz o diabo na barriga», adverte uma inscrição, aludindo ao fundamental papel do convívio na gastronomia barrosã. À mesa come-se sobretudo carne: cozido barrosão, a famosa “posta barrosã”, um enorme naco de carne da raça bovina autóctone, mas também o cordeiro e o cabrito, ou não fosse esta uma terra de serra. É célebre o tradicional fumeiro, de onde derivam o folar e a bola de carne, e o pão de centeio cozido em forno de lenha, os “fornos do povo”, usados nas aldeias por toda a comunidade. Na loja de produtos locais vendem-se alguns dos produtos típicos, do mel, à castanha e à batata: Montalegre é a única região do país com batata de semente certificada. 

Neste polo do Ecomuseu funciona a “porta” do PNPG do município, onde os visitantes obtêm informações sobre o que vão encontrar no parque. Depois, é partir à descoberta do enorme território barrosão, que se estende por 800 m2 por terras transmontanas. 

 

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