As úlceras de pressão são lesões localizadas que se desenvolvem na pele e tecidos subjacentes, normalmente nas áreas com proeminências ósseas, como calcanhares, tornozelos e ancas, e também nas nádegas.
O problema tem múltiplas causas, embora se destaquem dois factores: a pressão resultante da imobilidade e a fricção.
- Perante o primeiro sinal de risco – a vermelhidão – é fundamental aliviar a pressão sobre a região afectada, o que passa por uma mudança frequente de posição e/ou colocação de uma superfície de apoio entre a pele e a cadeira de rodas (uma almofada, por exemplo) ou a cama (colchões para redução de pressão).
- A higienização deve ser feita de forma suave, sem esfregar nem massajar. Proteger a pele da exposição à humidade excessiva e manter uma boa hidratação é também fundamental para manter o equilíbrio e integridade cutânea. Há uma variedade de pensos incluindo filmes, gazes, géis, espumas, que ajudam à regeneração da pele e que podem ser considerados.
- Se a pele já tiver fissuras, é importante fazer uma avaliação individual e o mais indicado é consultar um profissional de saúde.
- É comum estes doentes terem pouco apetite, por isso é importante assegurar um plano nutricional com a quantidade necessária de proteínas, vitaminas e minerais. É fundamental estar atento a sinais de desidratação como, diminuição da produção de urina ou urina mais escura, boca seca ou pegajosa, sede, pele seca, ou prisão de ventre. Optar por alimentos menos consistentes (sumos, sopas, purés) pode favorecer a ingestão dos nutrientes essenciais. Em alguns casos, pode ser necessário recorrer a suplementos hiperproteicos e hipercalóricos, de modo a compensar a insuficiência de nutrientes, embora o ideal seja que estas medidas sejam avaliadas em conjunto com uma equipa nutricional multidisciplinar.