Acácio Lino, Agustina Bessa-Luís, Amadeo de Souza-Cardoso, António Carneiro, Paulino Cabral, Teixeira de Pascoaes. São alguns dos pintores, escultores, poetas e escritores que, em comum, têm a terra onde nasceram. «Amarante é terra de artistas. Ao longo da história, tem sido um território de personalidades em diferentes artes», diz Rosário Machado, responsável pelo pelouro da cultura do município de Amarante. É um «património valiosíssimo» que o museu municipal, que tem por patrono Amadeo de Souza-Cardoso, se encarrega de apresentar ao mundo.
Instalado num dos claustros do convento de São Gonçalo, o museu ligado à arte moderna é um dos locais mais visitados na cidade. «Tem a coleção mais variada e completa da história da pintura moderna e contemporânea em Portugal», afirma Rosário Machado. Reúne um acervo de obras do pintor nascido na freguesia de Manhufe, numa família abastada, que cedo opta por partir para Paris, estudar e conhecer novos mundos. Amadeo de Souza-Cardoso assume-se como um vanguardista e, embora faleça aos 30 anos com gripe pneumónica, deixa a sua marca nas vanguardas das primeiras décadas do século XX. «Foi, sem dúvida, um génio», resume a responsável pela cultura do município.
Para celebrar o centenário do nascimento de Agustina Bessa-Luís, natural de Vila Meã, foi inaugurada, a 15 de outubro de 2022, a exposição “Uma mulher é uma criadora por natureza”, que põe em diálogo a obra plástica de pintoras amarantinas e portuguesas com as definições de mulher de que a escritora vai, ao longo da sua obra, falando.
Para além da exposição permanente, o museu tem exposições temporária sobre artistas em atividade e atribui, a cada dois anos, o Prémio Amadeo de Souza-Cardoso.