Política de utilização de Cookies em Revista Saúda Este website utiliza cookies que asseguram funcionalidades para uma melhor navegação.
Ao continuar a navegar, está a concordar com a utilização de cookies e com os novos termos e condições de privacidade.
Aceitar
29 junho 2023
Texto de Irina Fernandes Texto de Irina Fernandes Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro Vídeo de Hugo Costa Vídeo de Hugo Costa

«A associação Corações com Coroa esteve sempre ao meu lado»

​​​​​​​Futebolista portuguesa foi bolseira da associação fundada por Catarina Furtado.​

Tags

«No caso da Jéssica Silva, nossa bolseira, ela tinha tudo o que era precisamente importante: o talento, a capacidade de trabalho, o amor ao futebol, só precisava desse empurrão», declarava Catarina Furtado, numa entrevista, em maio de 2012.  


Embaixadora de Boa Vontade do Fundo das Nações Unidas para a População, a apresentadora de televisão fez nascer, naquele ano, a associação Corações Com Coroa (CCC) com a missão de proporcionar o empoderamento de mulheres, atuando em situações de vulnerabilidade social e pessoal. 

Com a ajuda e incentivo da Corações Com Coroa, Jéssica Silva não desistiu de si nem de sonhar. 

«Lembro-me que, quando entrei na associação, era muito envergonhada, tinha algum medo, e não acreditava muito em mim», começa por descrever, revelando que «era a Catarina [Furtado], e todas as mulheres da associação, quem me diziam: «Jéssica, tu tens talento!», recorda, em entrevista à Revista Saúda. 

Até então, confidencia a própria, acreditava pouco na aptidão que tinha para jogar futebol.

«Entrei na associação a dizer que sabia que dava toques na bola, e que, ao jogar contra rapazes, era melhor do que eles, mas não tinha convicção», evoca ainda a jogadora da seleção das Quinas.

«A Corações Com Coroa esteve sempre ao meu lado, agarraram-me, deram-me as mãos, e nunca mais soltaram. Foram a base de todas estas conquistas», afiança a futebolista internacional, de 28 anos.

Natural de Vila Nova de Milfontes, Jéssica Lisandra Manjenje Nogueira Silva conseguiu, a pouco e pouco, construir um percurso egrégio vindo a conquistar um lugar de destaque no futebol feminino português e também além-fronteiras. 

Nascida a 11 de dezembro de 1994 tinha 14 anos quando os pontapés na bola ganharam seriedade.  Foi, admitiu em várias entrevistas, com essa idade que soube que «existiam equipas de futebol feminino. Assim que tive oportunidade de ir para uma equipa, fui logo».

Os dois primeiros anos no futebol foram passados em Ferreiros, uma aldeia em Anadia, distrito de Aveiro. Em 2011, Jéssica diz adeus à União Ferreirense para se juntar ao Clube de Albergaria.

Mudou-se, em 2014, para a Suécia para jogar no Linkoping FC, regressou a Portugal para jogar ao serviço novamente do Albergaria e, em 2016, do Sporting de Braga. Em 2017, mudou-se novamente para o estrangeiro, desta vez para Espanha para jogar no Levante.

Obstinada e apaixonada pelo futebol veio ainda a somar outras passagens desportivas em clubes internacionais: no Lyon, em França, e na cidade do Kansas, nos EUA.

Ao serviço do Lyon, Jéssica jogou na, então, reconhecida como melhor equipa do mundo de futebol feminino, tetracampeã europeia ao lado de uma das melhores jogadoras do mundo, a norueguesa Ada Hegerberg.

Tornar-se-ia na primeira jogadora portuguesa a vencer a Liga dos Campeões, ao serviço do clube francês. 

 


Protagonista de uma carreira em ascensão, a internacional portuguesa joga, desde janeiro de 2022, no SL Benfica.
Notícias relacionadas