O ministro dirigiu-se, em primeiro lugar, aos doentes, representados, na ocasião, por Luís ministro Mendão, por serem pessoas com a coragem de lidar com a dor, o sofrimento, e com um sistema «tantas vezes impessoal, injusto e incompreensível».
«Esta experiência demonstra bem o que é pensar nas pessoas. E pensar nas pessoas é também providenciar para que os doentes – hoje, felizmente, considerados doentes crónicos – muitas vezes com parcos rendimentos e que não podem faltar ao trabalho porque correm o risco de perder o emprego, possam ter alguém que se ocupa de os servir no momento certo».
Adalberto Campos Fernandes enfatiza que «as farmácias comunitárias são elementos integrantes do sistema de Saúde. Iremos cumprir o que está no Programa do Governo. Se um cidadão portador desta doença decidir, em consciência, com informação total, sem nenhum tipo de coação, num regime de liberdade individual absoluta, que é para ele mais fácil deslocar-se à farmácia do seu bairro para recolher o seu tratamento, estaremos não apenas a fazer algo pela qualidade do acesso, mas a melhorar muito a adesão à terapêutica e a retenção de doentes no sistema».
Para o governante, o cumprimento das três metas definidas pela ONUSIDA para 2020 implica a continuidade deste trabalho. «Em Portugal, temos um encargo muito grande com o VIH/sida. Mas temos hoje uma boa conjugação de vontades: a Academia, a Ciência, as associações profissio- nais, as associações de doentes, as farmácias, os médicos, todos estão disponíveis para, numa experiência que eu diria relativamente nova, se juntarem à volta de uma mesa e res- ponderem à questão: “E que tal pensarmos no interesse exclusivo dos doentes?”. O momento de hoje é importante para que, a terminar o primeiro ano de acção governativa, possa afirmar: “Palavra dada, palavra honrada”».