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4 setembro 2020
Texto de Marta Xavier Cuntim (psicóloga) Texto de Marta Xavier Cuntim (psicóloga) Ilustração de Mantraste Ilustração de Mantraste

É preciso ter calma

​​​Ferramentas e sugestões para o regresso ao trabalho e à escola em tempo de pandemia.

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Quando se ultrapassa um momento como a pandemia, o conceito de normalidade fica um bocado esfumado, sem sabermos muito bem o que é normal e o que não é.

Em Março passámos a estar confinados em casa durante 24 horas, sete dias por semana. Esta adaptação foi dificílima para os pais e muito complicada para os miúdos. Também eles deixaram de ter as rotinas de ir à escola, estar com os amigos, gastar energia, rir, brincar, namorar.

O ser humano é uma criatura de hábitos. Dizem os estudos que são necessários 21 dias até implementarmos um novo hábito ou rotina na nossa vida. A COVID-19 não nos deu esse tempo, a exigência de adaptação foi imediata. Mas conseguimos perceber que somos mais resilientes e resistentes do que poderíamos antecipar.

Ainda ninguém sabe como será o mês de Setembro. As previsões apontam para o regresso às aulas e ao escritório. Mas pode acontecer ter de ir para casa se surgir algum caso suspeito entre os nossos contactos.

Caso seja necessário confinar, já sabemos ao que vamos. Ainda assim, aqui ficam algumas dicas:

É importante manter as rotinas:

  • Acordar e levantar à mesma hora, trocar de roupa, tomar o pequeno-almoço.
  • Ter um plano de actividades para o dia, de forma a afastar os miúdos não do computador/ TV.
  • Arranjar tempo e espaço no plano para os seus filhos irem à rua correr, brincar, caminhar.
  • Não se esqueçam de que, em vez de uma casa vazia todo o dia, passam a ter a casa cheia, como tal é normal que fique mais desarrumada. Pode fazer parte do plano de actividades dedicar 30 minutos por dia a esta tarefa. Lembre-se, uma casa desarrumada é uma casa ocupada e com memórias, as casas-museus só existem nas revistas.
  • As rotinas que nos são familiares podem ajudar a reduzir a ansiedade e dar a sensação de maior controlo da situação.

A sensação de isolamento é igual para todos:

  • Se chega ao fim do dia exausto e farto de estar em casa, lembre-se que os miúdos podem estar com a mesmíssima sensação, por isso uma ida à rua é importante para trazer algum bem-estar.
  • O mesmo acontece com a necessidade de adaptação ao teletrabalho e a eventuais aulas online. Pode não ser fácil e imediato para todos. Dê tempo ao tempo.
  • Seja paciente consigo próprio e com os miúdos. Tirem uns minutos por dia, ao fim do dia, para falarem das vossas emoções, sobre como se sentiram, os aspectos positivos e menos positivos do dia.

Concentre-se naquilo que pode controlar e está ao seu alcance:

  • Deixe de tentar controlar o que os outros fazem, que cuidados têm, e foque-se na sua família e nas medidas necessárias para os proteger. 
  • Organize um fim-de-semana fora, uma actividade num parque natural, algo que vos permita reduzir a ansiedade e aproveitar o tempo.
  • Procure o lado positivo, nem tudo é mau em ficar em casa.
  • Continue a cuidar de si e incuta este hábito nos seus filhos.
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