Na apresentação do ensaio, ficou clara, para Kamal Mansinho, «a centralidade do doente, a confidencialidade dos dados, a liberdade de escolha. São variáveis essenciais para aquilo que consideramos importante, que é basear a investigação num conjunto de princípios nos quais os direitos humanos devem continuar a ser assegurados».
O director do SDI-HEM considera que a procura da evidência científica é uma necessidade cada vez mais premente. «Temos de consensualizar escolhas que nos permitam garantir a continuidade da qualidade dos tratamentos que Portugal tem oferecido aos doentes, de modo a garantir a sustentabilidade e a equidade do SNS. Deposito expectativas sobre este ensaio, até porque nos pode abrir oportunidades para outras aplicações e outras áreas do tratamento dos doentes».
O médico dirigiu ainda uma palavra de apreço ao ministro, «pela capacidade de ter desafiado o paradigma da gestão do tratamento dos doentes com infecção por VIH, numa altura em que – particularmente nesta última década – assistimos à deslocação dos doentes do ambiente hospitalar para o ambulatório. Disponibilizar meios no ambulatório que facilitem a vida do doente é aquilo para que todos nós trabalhamos no dia-a-dia».