Política de utilização de Cookies em Revista Saúda Este website utiliza cookies que asseguram funcionalidades para uma melhor navegação.
Ao continuar a navegar, está a concordar com a utilização de cookies e com os novos termos e condições de privacidade.
Aceitar
23 maio 2016
Texto de Thordis Berger (Chief Medical Officer) e Sofia Silva (Master Trainer) Texto de Thordis Berger (Chief Medical Officer) e Sofia Silva (Master Trainer)

Treine o coração

​A actividade física regular pode afastar um enfarte do seu destino.

A doença coronária (DC) é a mais prevalente das patologias cardiovasculares. As doenças do aparelho circulatório, geralmente associadas à doença coronária, são a principal causa de morte em Portugal, sendo responsáveis por cerca de 1/3 das mortes no nosso país.

A causa mais comum de DC é a aterosclerose responsável por cerca de 95% dos casos, um termo habitualmente utilizado para descrever a acumulação de depósitos de gordura e de tecido fibroso (placas) no interior das artérias. A formação de placas nas artérias coronárias pode conduzir a um estreitamento significativo dos vasos sanguíneos, o que leva a que o fluxo de sangue na artéria afectada possa ser significativamente reduzido.

A DC nem sempre apresenta sintomas. No entanto, o mais comum é uma dor no peito denominada angina de peito. Os sintomas ocorrem se existe um estreitamento grave da artéria ou uma obstrução súbita. O segmento do miocárdio afectado sofre transitoriamente duma nítida falta de oxigénio e uma acidificação (queda do pH) no tecido do miocárdio pode ocorrer, causando dor na região do coração. Devido a complexas conexões neurais, esta dor pode irradiar para outras partes do corpo, por exemplo para a área do ombro, da mandíbula inferior ou da parte superior das costas (entre as omoplatas).

A maioria dos casos de angina pectoris surge associada a situações de esforço físico ou a emoções. Um exemplo: durante a subida de escadas, o músculo cardíaco precisa de um maior fornecimento de sangue oxigenado do que em repouso, mas perante o estreitamento da artéria não consegue aumentar  suficientemente esse fornecimento e a dor pode surgir. Geralmente, essa dor desaparece com o repouso. Numa situação mais grave, de obstrução total da artéria, pode ocorrer um enfarte do miocárdio agudo, cujo principal sintoma é o aparecimento de dor com caraterísticas similares às de angina de peito, mas de maior duração.

Devemos investir na prevenção, designadamente nos factores de risco modificáveis, decorrentes do comportamento e estilo de vida. Assim, a mensagem principal mantém-se: mais vale prevenir do que remediar. Por esta razão, reforça-se a necessidade duma alimentação equilibrada e saudável, e da prática regular de actividade física. Nunca é tarde demais e mesmo uma simples caminhada já traz benefícios gerais para a saúde. 

FACTORES DE RISCO
​​​​
  • Tabagismo
  • Obesidade
  • Vida sedentária com prática muito reduzida de exercício físico regular
  • Nível elevado de colesterol no sangue
  • Nível elevado de colesterol LDL, habitualmente denominado de “colesterol mau”
  • Nível baixo de colesterol HDL, habitualmente denominado de “colesterol bom”
  • Pressão arterial elevada (hipertensão)
  • Diabetes
  • História familiar de doença coronária em idade precoce
  • Idade avançada


BENEFÍCIOS DA ACTIVIDADE FÍSICA

  • Reduz a frequência cardíaca em repouso (menor sobrecarga  cardíaca)
  • Diminui a viscosidade sanguínea
  • Melhora o colesterol (aumento do “colesterol bom” e diminuição do “colesterol mau”)
  • Possibilita a redução da pressão arterial
  • Melhora o metabolismo (devido ao aumento da sensibilidade à insulina)
  • Ajuda na perda de peso
  • Melhora a auto-estima
  • Facilita o abandono do tabagismo 
Notícias relacionadas