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29 abril 2017
Texto de Rita Leça, enviada especial a Buenos Aires Texto de Rita Leça, enviada especial a Buenos Aires Fotografia de Paola Gallarato Fotografia de Paola Gallarato

Rabino Skorka: «O Papa é como um irmão»

​​​​​​​​​Líderes de religiões diferentes construíram amizade duradoura e têm livro e programa de TV em conjunto.

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«Aqui, neste lugar, punhamos uma mesa com cavaletes e escrevíamos juntos o livro “Sobre o Céu e a Terra”». Quem o conta é o rabino de Buenos Aires, Abraham Skorka, amigo de Jorge Mario Bergoglio desde a década de 90, que nos recebeu na sua sinagoga, na capital da Argentina. O livro foi publicado em 2010 e, um ano mais tarde, gravaram no mesmo lugar as conversas, em estilo informal, mediados por um jornalista, para a televisão do Acerbispado de Buenos Aires.

«Ele é como um irmão», confessa o líder judaico. «Falamos abertamente, não há protocolo», explica. Prova disso mesmo é que, «quando trocamos e-mails, ele começou por escrever “querido amigo” e, num dado momento, passou a escrever “querido irmão” e eu acompanhei. E agora é sempre assim que nos tratamos. Somos irmãos no espírito, totalmente», remata o rabino Skorka, nome escolhido por Jorge Mario Bergoglio para escrever o prólogo da sua biografia autorizada, intitulada “O Jesuíta”, que viria a dar origem a uma minissérie televisiva sobre a vida do Papa.

A amizade começou com uma piada de futebol. Abraham Skorka já visitou Francisco em Roma e também já viajaram juntos a Jerusalém.

«Pela primeira vez numa delegação papal, numa viagem fora de Roma, foi convidado um rabino e um líder muçulmano. Foi quando fomos à Terra Santa. Essa viagem tem uma fotografia que é um ícone: quando nos abraçámos, os três, diante do muro que foi, em tempos, o templo de Jerusalém», lembra, emocionado.

Uma imagem que representa a principal mensagem da sua amizade: que o «carinho, o respeito e a inclusão» superam todas as diferenças religiosas.

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