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28 julho 2016
Texto de Margarida Pais; Sónia Balasteiro e Vera Pimenta Texto de Margarida Pais; Sónia Balasteiro e Vera Pimenta Fotografia de João Pedro Marnoto e Pedro Loureiro Fotografia de João Pedro Marnoto e Pedro Loureiro

Quem tem um ponto ganha um desconto

​​Os clientes com Cartão Saúda acumulam pontos que podem trocar por produtos ou vales de desconto.

APRENDA A USAR… E A GANHAR
O Cartão Saúda é pedido na farmácia. Depois de os dados do utente estarem registados no sistema, pode começar a rebater-se pontos. A quem já tinha o Cartão das Farmácias Portuguesas, basta trocá-lo na farmácia, mantendo os pontos. Outras formas de aderir são através do site www.farmaciasportuguesas.pt, bastando seguir os passos indicados, e da app das Farmácias Portuguesas. A aplicação permite localizar as farmácias mai​s próximas, tendo a opção de visualizar apenas as de serviço. Na loja online, os medicamentos prescritos pelo médico e os produtos de saúde e bem-estar podem ser logo comprado​s, sendo possível levantá-los na farmácia ou recebê-los em casa. Depois de associar o Saúda à app, deixa de ser necessário apresentá-lo na farmácia. Basta exibir o respectivo código de barras no ecrã do telemóvel. 

Todas as compras em produtos de saúde e bem-estar, medicamentos não sujeitos a receita médica e serviços farmacêuticos valem pontos – um euro equivale a um ponto – que podem ser trocados directamente por produtos constantes no Catálogo de Pontos Saúda, na Revista Saúda ou transformados em vales, que podem ser descontados na conta da farmácia.


POUPAR EM FAMÍLIA

Farmácia Afonso de Medeiros – Milharado

Quando se entra pela primeira vez na Farmácia Afonso de Medeiros, em Milharado, aldeia escondida no concelho de Mafra, saltam à vista as cores do Cartão Saúda. O azul, o laranja, o verde e o amarelo cobrem as prateleiras espalhadas pelo espaço, a anunciar: aqui é fácil saber quantos pontos são necessários para levar aquele produto especial do catálogo.

«Numa localidade pequena, os clientes tendem a ser fiéis», revela a farmacêutica Ângela Botelho. Esta é, acre- dita, uma das razões que levaram a Afonso de Medeiros a ganhar um lugar no Top 5 das farmácias com maior utilização do Saúda. Mas não só: «Nada se consegue sem trabalho».

Na primeira fase, já lá vão quase dez anos, a equipa da farmácia deu a conhecer aos clientes as vantagens do cartão. Desde então, tem vindo a apostar na divulgação, através de um atendimento mais personalizado. Em cada visita, os utentes são informados das vantagens de que dispõem.

É o caso de Cristina Batalha, de 44 anos, que vem com regularidade à Afonso de Medeiros. A familiaridade que sente com os profissionais da farmácia fê-la nunca perder o hábito de a visitar, revela: «Conheço esta farmácia desde que sou gente».

E, nos dias que correm, em que se tem de fazer contas à vida, o Cartão Saúda contribui para vir à farmácia com maior frequência, continua a desvelar a matriarca. «Quando falta o elixir, a pasta ou a escova de dentes, os meus filhos vêm cá, escolhem e saímos todos satisfeitos».

O motivo é simples: utilizar o cartão contribui – «e muito» –, para a poupança da família.

Cada profissional da farmácia sabe o que tem de fazer: os dados dos clientes são organizados em fichas, associadas a todos os membros da família.

Na Afonso de Medeiros não há desperdício de pontos: «A primeira coisa que fazemos é pôr o número de utente no sistema informático e aparecem logo os pontos que pode utilizar. Se alguns estiverem a caducar, chamamos a atenção», conta a farmacêutica Ângela.

A colega Sílvia Farinha, acrescenta, por seu lado, que os novos Vales Saúda, que permitem descontos imediatos na conta da farmácia, trazem também mais-valias para os utentes. «Quando a conta é grande e rebatemos, dez euros, por exemplo, mesmo sendo o medicamento com- participado, nota-se muito a diferença», observa.

No entanto, garantem as duas profissionais, é a troca de pontos por produtos que deixa os utentes mais satisfeitos. Ângela explica que «é uma forma de a farmácia poder oferecer um presente». «Somos uma verdadeira farmácia de comunidade», conclui, a sorrir, Sílvia.

TODOS GANHAM

Farmácia Lopes – Barroselas

Maria Pureza Palma, de 56 anos, nasceu e cresceu em Barroselas, vila com ares de aldeia grande nos arredores de Viana do Castelo. Vem pelo menos uma vez por mês à Farmácia Lopes, aberta no sobranceiro Largo da Feira. Sabe que a espera sempre um sorriso, uma palavra amiga. «Mesmo para aconselhamento, gosto de vir aqui», conta, bem-disposta. Tem de desatar a memória para lembrar-se da primeira vez. Depois de uma pausa, acaba por determinar: «Venho desde que abriu. Foi aqui que descobri que estava grávida da minha terceira filha, que já tem 27 anos», ri.

Com confiança na farmácia de toda a vida, quando os profissionais a aconselharam a aderir, em 2008, ao Cartão Saúda, não hesitou. E valeu a pena, desfia entre sorrisos: «Levo sempre produtos para os meus netos, cremes para mim… Estão sempre a avisar-me: "tem estes pontos, quer?" Mostram-me o catálogo… Levo o que quero». Hoje, o Cartão Saúda mantém-na fiel à farmácia de sempre. «Só venho aqui, espero até poder vir. Estão sempre a avisar-me dos pontos que tenho para utilizar». Maria Pureza é uma das utentes que levaram a Farmácia Lopes ao Top 5 de utilização do Saúda.

As vantagens que consegue obter com o cartão devem-se, essencialmente, ao trabalho desenvolvido pelos farmacêuticos no momento do atendimento, revela a directora técnica da farmácia, Filipa   Leitão. «A elevada taxa de utilização do cartão deve-se a dois factores cruciais: a prévia associação do cartão às fichas de cliente e a identificação dos clientes», explica.

Na verdade, continua a responsável, após participar em projectos de gestão da Associação Nacional das Farmácias (ANF), como o Dinamizar e o Kaizen, a equipa de seis pessoas, que lidera com o irmão, Mário, percebeu a «importância do trabalho no atendimento».

O Dinamizar é um projecto de formação da ANF que proporciona às farmácias consultoria personalizada e a aquisição de novas ferramentas de gestão financeira e operacional, marketing e comunicação e ainda em recursos humanos. Já o Kaizen parte da premissa japonesa de que é sempre possível melhorar e ajuda a “arrumar a farmácia”, com o objectivo de melhorar a qualidade do atendimento ao utente. Tem cinco conceitos base: organização, produtividade, melhoria contínua, eficiência operacional e algoritmos.

«Com estes projectos», continua a responsável da Farmácia Lopes, «aprendemos a organizar-nos. A equipa percebeu que era necessário tornarmo-nos competitivos».

Cerca de dois anos após a implementação do Kaizen na farmácia, a monitorização, que inclui indicadores semanais, mostra as vantagens deste trabalho diário de comunicação e motivação da equipa: das sete mil fichas de cliente mantidas pela Farmácia Lopes, 90% têm o Saúda associado. Levando a maioria dos clientes, como Maria Pureza, a utilizá-lo, preferindo comprar aqui os seus produtos. «Todos ganham», resume Filipa Leitão. «O Saúda tem contribuído também para a união das farmácias, determinante no mercado actual».


OS COLECCIONADORES DE PONTOS

Farmácia Soveral – Labrugeira

Em Labrugeira, em Alenquer, a Farmácia Soveral passa despercebida ao olhar mais desatento.  Pequena e acolhedora, é frequentada sobretudo por pessoas que se conhecem e que vêem Elsa Costa, a directora técnica, como uma amiga.

«Olá, doutora Elsa. Então, quando vai de férias?». Lucília Água cumprimenta a directora técnica da farmácia com um largo sorriso, devolvido com o mesmo entusiasmo pela farmacêutica.

A pasta de dentes que procura para a neta está esgotada, mas isso não a impedirá de sair da farmácia satisfeita. Elsa Costa regressa do armazém com uma pasta de dentes que não tinha exposta e oferece-lha. «Ai, muito obrigada! Ainda por cima traz um brinde», alegra-se Lucília. «Sim, é um jogo de memória», confirma a farmacêutica.

A confiança entre ambas é evidente e explicará, em parte, a posição desta farmácia no Top 5. Elsa Cota acredita que os clientes adoram receber «um miminho».

A distribuição dos catálogos pelos clientes, deixando-os escolher os produtos em casa, é outra forma de facilitar a vida aos utentes da Soveral, continua a responsável. «Quando voltam, já sabem o que querem. Se necessário, esperam até juntar os pontos suficientes para o conseguir».

O maior esforço de divulgação do cartão foi feito numa fase inicial: «Quando apareceu o Saúda, todos os dias, a toda a hora, falávamos nele», conta Elsa, assegurando que, agora, «aqui na aldeia, toda a gente tem cartão». A adesão aumentou ainda mais com a implementação dos vales, que permitem trocar os pontos por um valor subtraído à conta final.

Mas o importante para Elsa Costa é mesmo a confiança. É comum as pessoas visitarem a farmácia apenas para desabafar. «Em vez de irem ter com o padre, vêm falar com o farmacêutico», diz, rematando, com um sorriso: «Isto aqui é como se fosse uma família».​​
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