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12 maio 2016
Texto de Centro de Informação do Medicamento (CEDIME) Texto de Centro de Informação do Medicamento (CEDIME)

Quando a nossa flora interior se desequilibra

​​​​​​A diarreia é uma das perturbações de saúde mais frequentes dos viajantes. Saiba o que fazer para a evitar e tratar mais depressa.
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Causas


A água, os sais minerais e os nutrientes dos alimentos são absorvidos ao passar pelo intestino e o que resta são as fezes. Neste processo participam bactérias que vivem no intestino – flora intestinal – e que mantêm um equilíbrio, protegendo-o de infecções.

Quando este equilíbrio é alterado, as fezes ficam mais líquidas, apresentam um volume superior ao normal e há um aumento dos movimentos intestinais, resultando em diarreia.

Há outras, mas as causas mais frequentes são:

Vírus – responsáveis pela gastrenterite infantil, propagam-se facilmente através do contacto directo entre as crianças.
 
Bactérias e parasitas – transmitidos através de alimentos ou água contaminados.

Alimentos – todos os que causam intolerância ou alergia (glúten, lacticínios, etc.).

Medicamentos – antibióticos e anti-inflamatórios, mas também o abuso de laxantes e alguns antiácidos.


Sintomas

Com a perda de água e sais minerais, o organismo fica desidratado. Crianças (sobretudo com menos de três anos), idosos, grávidas e doentes crónicos são mais sensíveis a estas consequências. Os sintomas oscilam entre fraqueza, tonturas, cansaço, boca seca, sede excessiva, diminuição do volume da urina e escassez ou ausência de lágrimas.

A diarreia pode ser acompanhada de mal-estar e dores abdominais, gases, náuseas, vómitos e febre. Atendendo à duração e intensidade dos sintomas pode ser:

Aguda – surge subitamente mas é temporária.

Crónica – persiste para além de duas semanas, podendo ser sintoma de outras doenças intestinais, pelo que obriga a consulta médica.

Há sinais que indicam uma maior gravidade: febre superior a 38 ºC, sintomas persistentes apesar do tratamento, fezes escuras ou com sangue, perda de peso (superior a 5%) ou desidratação acentuada, e que implicam uma consulta médica.​
  

Minimizar o risco

Beba líquidos em abundância, pois os vómitos, as fezes líquidas e a febre gastam as reservas de água e sais minerais do organismo, desidratando-o.

Faça uma alimentação rica em hidratos de carbono (pão, massas, arroz e batatas), pobre em fibras e em gorduras (porque estimulam os movimentos intestinais) e evite o álcool, café e condimentos.

Reforce a hidratação com medicamentos disponíveis nas farmácias. Peça aconselhamento ao seu farmacêutico.
 

Estas medidas podem ser complementadas com medicamentos reguladores da flora intestinal ou para a febre, se necessário. Os antidiarreicos devem ser usados em situações específicas e os antibióticos apenas mediante receita médica.


A importância de lavar as mãos

Para evitar a entrada de agentes causadores da diarreia no sistema digestivo, lave sempre as mãos antes de tocar em alimentos, depois de ir à casa de banho ou de um contacto com terra ou animais (mesmo saudáveis).
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