O Relatório de Primavera produzido pelo Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS) defende a dispensa, nas farmácias, de medicamentos contra o cancro, medida que iria «facilitar o acesso dos doentes a este tipo de medicação».
«Sendo o cancro um dos claros determinantes para a mortalidade prematura, seria expectável que o acesso à terapêutica oncológica fosse identificado como prioritário», lê-se no documento.
O relatório “Saúde – Procuram-se novos caminhos”, apresentado pelo OPSS, lembra que esta medida já está prevista para o VIH/sida: «O ensaio-piloto está a ser aguardado com grande expectativa, pois permitirá verificar as questões processuais e as potenciais implicações na acessibilidade e na adesão à terapêutica por parte dos doentes».
Os autores analisaram questões relacionadas com as garantias de adesão à terapêutica anti-retroviral. Na base desta análise está um despacho «que valoriza o papel das farmácias comunitárias enquanto agentes de prestação de cuidados» e que prevê medidas para se ensaiar nas farmácias «a delegação parcial da administração de terapêutica oral em oncologia e doenças transmissíveis».