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3 junho 2017
Texto de Maria João Veloso Texto de Maria João Veloso Fotografia de Miguel Ribeiro Fernandes Fotografia de Miguel Ribeiro Fernandes

O príncipe dos bombeiros

​​​​​​​​​​​​​​​Uma herança humanitária.​

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Desde 2009 que Hugo Marques da Silva dá apoio aos peregrinos de Silvares na peregrinação a Fátima. Este ano, a gravidez avançada de Vera Antunes não lhe permitiu ir a pé, mas ainda assim teimou em visitar o Santuário «por uma questão de fé.» A vida do casal está profundamente ligada à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Fundão. E a ela uma vontade de ajudar que às vezes «põe a família em segundo plano». Desde o tempo de escola que era assim. Vera seguia os passos de Lúcia, a sua melhor amiga e irmã de Hugo. Andavam no rancho. Hugo «não era de rancho, talvez lá fosse para ver as miúdas». Mas o ponto de encontro era o quartel. «Saía da escola e ia para os bombeiros nem que fosse para ver os carros sair», lembra Vera.

Durante mais de duas décadas seguiram vidas separadas. Ela dedicou-se à vida académica, ele teve uma filha e continuou nos bombeiros. Até que um dia descobriram que o que sentiam um pelo outro era mais do que uma simples amizade.

Subcomandante​ dos Bombeiros do Fundão, Hugo é ainda segundo chefe de brigada da Força Especial de Bombeiros do distrito de Castelo Branco. O que quer dizer que as folgas são relativas. O facto de Vera ser bombeira ajuda a perceber a ausência. Quando a Margarida tinha 14 meses, a Vera voltou aos piquetes nocturnos. Das oito da noite às oito da manhã.

A Margarida mamou no quartel e Vera sabe que quando Rodrigo – o bebé que carrega consigo – adquirir alguma autonomia, voltará às noitadas. «É algo que preciso». Além de já ter uma farda de bombeira, a Margarida sabe que quando o pai sai de casa à noite «vai pró ‘tinoni’.»
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