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1 julho 2017
Texto de Maria João Veloso Texto de Maria João Veloso Fotografia de Miguel Ribeiro Fernandes Fotografia de Miguel Ribeiro Fernandes

Margarida é muito à frente

​​​​​​​​​​A segunda Bebé Saúda nasceu às 34 semanas.

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Na última edição chamámos-lhe «apressada» e, de facto, Margarida não pára de surpreender. Principalmente os pais, que estão fora de fim-de-semana, numa espécie de «última fuga pré parto», quando tudo se precipita. Uma alergia invade o corpo de Ana Margarida Gonçalves a 30 de Maio. No Centro Materno-Infantil do Norte (CMIN), no Porto, é-lhe diagnosticada colestase gravídica. «O fígado não processa a bílis, que entra directamente na corrente sanguínea.» A única solução é ficar internada. «O meu mundinho perfeito desabou», desabafa a mãe. Ana vai pela primeira vez separar-se de Daniel. A vigilância é apertada.

Análises constantes e cardiografias (CTG) impõem-se. Na véspera da Margarida nascer, Ana ainda alimenta a esperança de voltar para casa, mas as notícias não são animadoras. Uma pré-eclâmpsia dita que fique internada até às 37 semanas de gestação. Mas a impaciente Margarida não deixará a mãe no hospital entediada por muito mais tempo. No dia 6 de Junho, terça-feira, às 15h40, nasce com 34 semanas de gestação a filha tão desejada. Vem ao mundo com 2.440 gramas e 45 centímetros. Nada mal para quem supostamente deveria estar a nadar em líquido amniótico mais umas semanas valentes. A segurar as pontas nas lides domésticas tem estado Daniel Conde de Pinho, que numa semana teve que ser pai e mãe ao mesmo tempo e passou no exame, já que, garante, «não é a coisa mais difícil do mundo». Apesar de confessar que «é muito cansativo e esgotante».

Mesmo assim nunca deixou que tios ou avós lhe «roubassem o filho». E a rotina dos dois passou a ser Furadouro-Porto e vice-versa. A Ana, mal ouviu o choro da Margarida, sentiu «um alívio e uma alegria imensa, quase como se aquele choro significasse que a partir de agora tudo vai correr bem». E foi como uma profecia. Mãe e filha tiveram alta, quatro dias depois. Ana está grata à vida e ao staff do CMIN, cuja «competência e simpatia amenizaram todo o processo de internamento». Agora vai amá-la com todas as forças. Um amor que cresce de dia para dia, como ela sonhou que voltasse a acontecer.​
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