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22 maio 2017
Texto de Maria Jorge Costa Texto de Maria Jorge Costa Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro

«Garantir a paz é tão importante como ser a figura número 1»

​​​​​«Os jogos ganham-se dentro das quatro linhas.»

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O vice-presidente do Benfica não foge ao tema da violência das claques, mas é cauteloso. Lamentando o trágico acontecimento que resultou na morte de um adepto italiano, José Eduardo Moniz apela à contenção por parte dos dirigentes dos clubes. «A morte de um adepto não acontece com frequência e ainda bem. Nenhum dirigente desportivo pode ficar indiferente. Devem sim acalmar os ânimos e conter-se, pelo menos no que diz respeito a declarações públicas que é o mais incendiário», diz. O número dois do Benfica sugere uma reflexão ao mais alto nível entre a classe dirigente, «nomeadamente aqueles que, tendo surgido neste meio, acham que podem ganhar jogos e campeonatos fora do campo de futebol. Os jogos ganham-se dentro das quatro linhas de jogo e não fora».

 
A prudência aconselha a que os presidentes dos clubes falem pouco e se contenham nas afirmações, insiste. E dá como exemplo o que se passa no clube da águia: «temos sido muito prudentes e tranquilos, não fazemos declarações incendiárias. Procuramos permanecer indiferentes em relação ao que é dito sobre nós e à quantidade de queixas que ultimamente têm surgido nos órgãos da Federação e da Liga». Em claras referências ao clube do outro lado da Segunda Circular – Sporting – acrescenta: «importante é a bola entrar na baliza e é assim que os jogos se ganham. Não é com ataques aos árbitros ou acusações de pressão. Eu percebo a frustração de quem chegou anunciando grandes mudanças e não consegue mudar nada. Não consegue ganhar nada mas essa frustração tem de ser resolvida entre essa pessoa e os seus associados, não utilizando terceiros nessa guerra».

 
À inevitável questão de se vir a apresentar como candidato à presidência do clube, José Eduardo Moniz é taxativo: «Quero é que o Benfica ganhe e se mantenha o maior clube português. Para isso, não é preciso ser presidente do clube. Neste momento não está nas minhas cogitações». Não esconde, no entanto, o orgulho de ser um dos responsáveis pelo clima de paz interna. «Tem havido condições para que o presidente exerça a sua actividade sem contestação nem quezílias. Esse ambiente de unidade interna tem permitido ao Benfica conquistar títulos. Garantir a paz interna é tão importante como ser figura número 1 do clube. E os sócios reconhecem perfeitamente isso».​​

 

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