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25 março 2019
Texto de Irina Fernandes e Maria Jorge Costa Texto de Irina Fernandes e Maria Jorge Costa Fotografia de Pedro Loureiro Fotografia de Pedro Loureiro

Farmácias aumentam cobertura vacinal

​​​​​Idosos aderem a projecto-piloto em Loures.​

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Com a colaboração inédita das farmácias, a cobertura vacinal dos idosos contra a gripe aumentou 31,8 por cento nos concelhos de Loures e Odivelas. Nesta época vacinal, até 31 de Dezembro, o Serviço Nacional de Saúde vacinou 40 mil pessoas maiores de 64 anos nos dois concelhos, mais dez mil do que no ano passado.


«A adesão dos idosos a este projecto-piloto foi positiva», avalia Luís Pisco, presidente da ARSLVT

«Os resultados demonstram que a adesão dos idosos a este projecto-piloto foi positiva e que as respostas de proximidade fazem a diferença no acesso aos cuidados», comentou Luís Pisco, presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), que promoveu o projecto-piloto em parceria com as farmácias do concelho.

Pela primeira vez, os idosos puderam vacinar-se sem receita médica nas farmácias, em condições de igualdade com os centros de saúde. As farmácias recorreram ao stock de vacinas do SNS, fornecido pela ARSLVT para o projeto-piloto, não cobrando nada pela administração.


«Este projecto-piloto deveria ser alargado», considera a médica que dirige os centros de saúde locais

«Este projecto-piloto deveria ser alargado, dá provas disso. Os números mostram um ganho grande ao nível de Saúde Pública», considera Ileine Lopes, directora executiva do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Loures-Odivelas. «Nem sempre as pessoas têm disponibilidade de ir ao Centro de Saúde. Terem a oportunidade de se vacinar numa farmácia veio facilitar a vida a todos», expõe a médica especialista em Medicina Geral e Familiar.

Todos os anos morrem, em média, 2.400 portugueses devido à gripe e a doenças desencadeadas por ela. O vírus é especialmente perigoso para a população mais vulnerável: idosos e doentes crónicos. A doença afecta dez por cento da população, causando um milhão de dias de baixa por ano.


Com as farmácias «diminuiram custos, pneumonia e mortalidade», elogia o pneumologista José Alves

A Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP) saúda os resultados do projecto-piloto «na diminuição de gastos em Saúde Pública, pneumonia e mortalidade» associada à gripe. «Conseguiu-se um aumento de cobertura vacinal e isso é muito bom. Este projecto-piloto fez-nos pensar fora da caixa: não é preciso reunir uma série de circunstâncias, como receita médica. Basta ir à farmácia, onde se vai todos os dias, e toma-se a vacina», afirma José Alves, pneumologista e presidente da FPP.

Entre as farmácias participantes predomina a sensação de dever cumprido. «Evitámos que os nossos idosos recorressem às urgências dos hospitais ou contraíssem complicações como pneumonias», refere Carlota Lino, directora-técnica da Farmácia Santo António. «Graças a esta iniciativa, a população teve perto de 50 postos de vacinação abertos, sem necessidade de marcação. É uma conquista, sobretudo da população», acrescenta André Soares, porta-voz da Farmácia Ribeiro Soares.

Loures com medicamentos em casa

Os 206 mil habitantes do concelho de Loures já podem receber em casa medicamentos e quaisquer outros produtos de farmácia. O novo serviço, que arrancou no dia 12 de Março, está em fase de projecto-piloto, antes de ser alargado a todo o território nacional. As encomendas são realizadas através de um número telefónico gratuito, disponível 24 horas por dia, 365 dias por ano. A central telefónica, com supervisão farmacêutica permanente, informa os utentes sobre quais as farmácias com os medicamentos disponíveis no imediato. Os utentes escolhem a farmácia e decidem se preferem deslocar-se até ela ou receber os produtos em casa, no prazo de duas horas. As entregas domiciliárias são gratuitas nesta fase experimental do projecto.


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