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22 dezembro 2017
Texto de Irina Fernandes Texto de Irina Fernandes Fotografia de Anabela Trindade Fotografia de Anabela Trindade

Esta família cura

​​​​​​Um presépio diferente que se distingue por usar produtos farmacêuticos.

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Farmácia Do Jardim – Valença
 
Os galegos que cruzam a fronteira até abrem a boca de espanto: embalagens vazias, medicamentos fora de uso e agulhas de insulina transformados em presépios. Todos os anos a Farmácia do Jardim surpreende com uma representação da sagrada família a partir de produtos farmacêuticos.
 
Um dos mais elegantes foi montado com frascos antigos do espólio da farmácia, vestidos de São José, Nossa Senhora e Menino Jesus. «Fui guardando frascos de vidro ao longo dos anos», explica a directora-técnica, Maria Luísa, 60 anos. A farmacêutica mostra-se orgulhosa da nova utilidade dada à sua colecção.
 
A câmara municipal criou, em 2012, o desafio “Valença, Cidade Presépio», convidando os estabelecimentos de comércio e hotelaria a expor cada um o seu nas montras. A Farmácia do Jardim participou em todas as edições.
 
Maria Luísa tem agora uma nova colecção, de presépios farmacêuticos, já com seis exemplares. A maioria é composta de embalagens deixadas pelos utentes nos caixotes de reciclagem VALORMED. «Vemos o que lá há e podemos usar por forma ao presépio ficar engraçado, seja caixas de medicamentos ou bisnagas», explica a directora-​técnica. Os materiais escolhidos são depois tratados e pintados.
 
Foi outra farmacêutica, Margarida Cunha, de 34 anos, a assumir o comando criativo desde o primeiro ano, revelando grande capacidade inovadora. Em 2013, a Farmácia do Jardim apresentou um presépio feito com drageias coloridas. No ano seguinte, outro com bisnagas vermelhas e embalagens de medicamentos pintadas de dourado. Já em 2015 e 2016 o presépio teve como protagonistas duas seringas de alimentação de 100ml e uma de 50ml, e ainda agulhas de insulina usadas nos finais dos anos 90.
 
Margarida Cunha explica que a criação dos presépios simboliza mais do que a participação numa iniciativa do município. Para ela, o importante é o que as suas obras revelam da proximidade da farmácia aos valencianos. «Estamos presentes para os nossos utentes, não só quando eles estão doentes, mas também quando há festa e é preciso dar-lhes um bocadinho mais de alegria», refere a artesã dos presépios farmacêuticos.
 

«Estamos presentes para os nossos utentes, não só quando estão doentes», explica a farmacêutica Margarida Cunha. Para a autora, é isso que os presépios significam
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