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ANF
7 dezembro 2018
Texto de Carlos Enes Texto de Carlos Enes Fotografia de Pedro Loureiro e Miguel Ribeiro Fernandes Fotografia de Pedro Loureiro e Miguel Ribeiro Fernandes

Coração farmacêutico

​​​ANF atribui Insígnias a quatro personalidades.

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O que têm em comum Dennis Helling e Donald Hoscheit, consultores internacionais, Madalena Nunes de Sá, farmacêutica, e Abel Mesquita, coordenador-geral da Associação Nacional das Farmácias (ANF)? Primeiro que tudo, excelência e inovação profissional. Depois, décadas de colaboração empenhada com as farmácias de Portugal. A vida de cada um dos quatro homenageados «confunde-se com a história da ANF», afirmou o secretário-geral, Nuno Flora, na sessão de abertura do 13.º Congresso das Farmácias. Desde esse dia 19 de Outubro, os quatro são portadores das Insígnias da ANF, distinção máxima da organização.

«Vivemos vários anos em Lisboa, nos vossos hotéis, nos 22 anos da nossa parceria. Sentimo-nos parte da vossa família. Empenhámo-nos no vosso sucesso e temos um enorme orgulho na ANF e nos farmacêuticos portugueses», disse Dennis Helling. Doutorado pela Universidade de Cincinnati, dirigiu o departamento de Operações de Farmácia e Terapêutica da Kaiser Permanente, onde desenvolveu um modelo de reforço da intervenção dos farmacêuticos no sistema de saúde, ajudando à melhoria de resultados terapêuticos individualizados e à redução de custos. É consultor da ANF desde 1983 e considerado uma referência mundial em matéria de inovação no domínio dos serviços farmacêuticos.



«É uma bênção para mim estar envolvido com gente tão fantástica. Na minha carreira de 65 anos como farmacêutico, assisti a enormes mudanças. Congratulo a visão dos líderes e farmacêuticos, e a receptividade para as mudanças inovadoras neste país. Vocês são verdadeiros líderes na vanguarda», agradeceu Donald Hoscheit, também ele consultor desde 1983. O farmacêutico integrou a American Drug Stores, totalmente informatizada em 1989. Os seus conhecimentos foram determinantes na renovação dos sistemas de informação das farmácias, designadamente com o Sifarma 2000.



Madalena Nunes de Sá «simboliza o farmacêutico em tudo o que ele é. Tem uma visão global da profissão, dos doentes e da actividade em farmácia, profissional, económica e associativa», sublinhou Nuno Flora. Foi presidente da Delegação do Norte depois de vários anos como delegada de círculo. Madalena Nunes de Sá subiu ao palco para saudar a vitalidade e a aprendizagem nos muitos anos dedicados à farmácia e ao movimento associativo. «A actual Direcção tem-me ensinado que inovar é também respeitar o passado e a experiência dos mais velhos. Da ANF e de muitas pessoas recebi o que mais nos adoça a vida: a amizade». A farmacêutica citou o poeta brasileiro Vinicius de Moraes para retratar a relação com a Associação: «A vida é a arte do encontro». 



Abel Mesquita disse sentir a homenagem «como um Óscar de carreira». Numa mensagem lida com «o prazer e a estima de quem trabalha há muitos anos em colaboração directa», Nuno Flora apresentou-o como «o consultor jurídico, praticamente farmacêutico» e, desde 2005, «o coordenador-geral, duro na exigência, suavizada com um humor peculiar». Com as Insígnias, a Direcção mostra o seu reconhecimento pela «qualidade dos pareceres jurídicos» de Abel Mesquita, que contribuíram para «a afirmação da ANF como parceira indispensável no campo da Saúde», assim como pela sua «identificação com as causas associativas, profundo conhecimento da estrutura e do pensamento estratégico da ANF».

Abel Mesquita tomou a palavra para manifestar a sua «gratidão» aos dois presidentes e direcções com quem trabalhou, assim como às farmácias, que sublinhou serem «a razão de existir da ANF». O homenageado mostrou grande admiração pelo passado das farmácias. «Aprendi convosco o valor da unidade», declarou. Abel Mesquita deixou ainda uma mensagem de grande confiança para o futuro: «As farmácias vão continuar sempre a existir». O coordenador-geral alicerça essa certeza em dois pilares: a «capacidade de modernização e inovação» das farmácias e o facto de «centrarem a sua actividade na satisfação das necessidades dos doentes».
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