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25 março 2019
Texto de Carlos Enes e Sónia Balasteiro Texto de Carlos Enes e Sónia Balasteiro Fotografia de Miguel Ribeiro Fernandes Fotografia de Miguel Ribeiro Fernandes

Bastonária lança apelo urgente

​​​​​​​«É urgente remunerar o serviço público das farmácias 24 horas por dia».

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A bastonária da Ordem dos Farmacêuticos dirigiu ao Governo um «apelo urgente» para um novo acordo com as farmácias. Na visão de Ana Paula Martins, no discurso de tomada de posse para o seu segundo mandato, esse acordo deve «valorizar o acto farmacêutico e o potencial de gerar saúde das farmácias comunitárias». A bastonária considera ainda urgente «remunerar o serviço público que as farmácias prestam 24 horas por dia».

A Ordem dos Farmacêuticos é «frontalmente contra a existência de farmácias de venda ao público nos hospitais». Essas farmácias, cujo enquadramento legal foi revogado por este Governo em 2016, são «mais um factor que prejudica a sustentabilidade da rede que temos, com mais de 650 farmácias em sofrimento e em risco, que servem populações que mais ninguém quer servir». Se os agentes políticos quiserem voltar atrás, «por razões que estão longe de ser transparentes quanto ao interesse público, preferimos que se encontre um modelo em que os serviços farmacêuticos hospitalares forneçam a medicação dos doentes da urgência, para as primeiras 12 horas e, desta forma, não precisaremos de ter farmácias na rede nacional em regime de turno e disponibilidade permanente».

Ana Paula Martins denunciou os riscos para a Saúde Pública das políticas que transformaram os medicamentos em bens de consumo imediato. «Banalizámos a venda dos medicamentos. Estão por todo lado, até já em bombas de gasolina, misturados com tabaco e bebidas alcoólicas. Desvalorizámos os efeitos negativos da sua má utilização e não prevenimos os problemas de segurança que sabemos serem responsáveis por mortalidade evitável», declarou a bastonária. «Desvalorizar o medicamento, quer pela via do acesso que induz procura desnecessária, quer por via dos preços inadequados, promove distorções enormes no sistema que, mesmo com uma regulação reforçada e eficaz, teremos dificuldade em travar», alertou ainda, na cerimónia realizada no dia 14 de Março.
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