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29 janeiro 2021
Texto de Jaime Pina (médico, Fundação Portuguesa do Pulmão) Texto de Jaime Pina (médico, Fundação Portuguesa do Pulmão)

As primas da COVID-19

​​​​​Há três outras doenças respiratórias a que é preciso estar atento.

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As exacerbações da DPOC são, na maior parte das vezes, desencadeadas por uma infecção viral ou bacteriana. No percurso desta doença crónica, estas exacerbações, quase sempre durante o Inverno, são temíveis por dois motivos: por um lado, se causarem falência respiratória podem pôr em risco a vida do doente, obrigando, muitas vezes, à necessidade de ventilação assistida (invasiva ou não invasiva); por outro lado, muitas vezes acrescentam uma deterioração irreversível à já deficiente capacidade respiratória.

Outro aspecto crucial prende-se com os níveis de oxigénio no sangue: quando sofrem uma exacerbação, os doentes DPOC devem poder controlar os seus níveis de oxigénio através de um pequeno aparelho portátil, um oxímetro, que todos eles devem possuir. A diminuição progressiva dos níveis de oxigénio é um sinal de alarme que deve levar o doente a um serviço de urgência para uma decisão clínica mais precisa que, muitas vezes, passa pelo seu internamento. 

As pneumonias são uma infecção aguda do pulmão causada, na maioria das vezes, por uma bactéria, o pneumococo. É a terceira causa de morte no mundo, sendo particularmente letal para os idosos. Em Portugal morrem cerca de seis mil pessoas com pneumonia, todos os anos.

As pneumonias expressam-se de forma clássica por febre, dor tipo pontada (no peito ou nas costas, que aumenta com os movimentos respiratórios), expectoração de cor que pode conter sangue e, nas formas mais extensas, dificuldade respiratória. Este quadro clínico impõe a realização de uma radiografia do tórax, o exame que confirma o diagnóstico e contribui para um tratamento correcto, no qual os antibióticos têm o papel principal.

Nunca é demais chamar a atenção para a vacinação contra o pneumococo. Esta vacina, denominada antipneumocócica (mas mais conhecida como vacina contra a pneumonia) e que já integra o Programa Nacional de Vacinação, é fortemente recomendada a todas as pessoas com mais de 65 anos. Presentemente, nem metade dos nossos idosos a tomaram, o que leva a Fundação Portuguesa do Pulmão a solicitar às autoridades de saúde a sua gratuitidade também para este grupo etário.
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