Nos primeiros quatro meses de 2017 sete farmácias entraram em insolvência e 16 foram alvo de penhoras. As farmácias com acções de insolvência ou de penhora representam já 20,1% da rede farmacêutica nacional, o que se traduz em 591 farmácias portuguesas.
Nos últimos cinco anos registou-se uma subida de 145,2% de farmácias nesta posição. Entre dezembro de 2012 e abril de 2017, o número de farmácias em insolvência subiu de 61 para 212, mais 247,5%. No mesmo período, o número de farmácias com acções de penhora aumentou de 180 para 379, o que representa um aumento de 110,6%.
Estas são conclusões do barómetro do Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR) para a Associação Nacional das Farmácias.
A nível distrital, são 19 os distritos com mais de 10% da totalidade das farmácias. Portalegre está na pior posição, com 32,6% das farmácias nesta situação. Segue-se Guarda (27,1%), Setúbal (26,9%), Beja (26,8%) e Lisboa (25,9%) com os números mais altos. As dificuldades financeiras do sector colocam em causa a cobertura farmacêutica nacional, a rede de saúde de proximidade à população e o acesso ao medicamento.